Como entender o perfil comportamental da equipe pode aumentar o ticket médio da sua oficina

 

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Você já percebeu que, às vezes, dois funcionários excelentes acabam se desentendendo?
Ou que um mecânico rende mais quando trabalha com determinado colega?
Essas situações não são coincidência — elas têm tudo a ver com perfil comportamental.

Entender como cada pessoa da sua equipe pensa, reage e se comunica é um dos maiores diferenciais competitivos que o dono de oficina pode ter.
E mais do que melhorar o clima interno, isso impacta diretamente o faturamento e o ticket médio.


Por que o comportamento é tão importante dentro da oficina

Você bem sabe que na oficina mecânica, o ambiente é dinâmico e cheio de pressões: clientes apressados, carros parados e metas para cumprir.
Quando você entende o perfil comportamental de cada funcionário, ele passa a posicionar as pessoas certas nos lugares certos.

Isso evita conflitos, melhora o desempenho do time e cria um ambiente de trabalho mais produtivo — o que reflete na qualidade do atendimento e, consequentemente, no valor percebido pelo cliente.


Os 4 tipos de perfil comportamental (modelo DISC)

O modelo DISC é uma ferramenta usada em empresas do mundo todo para mapear comportamentos.
Ele divide os profissionais em quatro perfis principais — e dentro da oficina, cada um deles tem um papel essencial.

1. Dominante (D): o executor

Gosta de desafios, metas e rapidez.
Na oficina, costuma ser o chefe de pátio, o mecânico líder ou até o proprietário.
Ele é prático, direto e focado em resultados.

Pontos fortes: decisão, foco e produtividade.
Pontos de atenção: impaciência e tendência a agir sem planejar.

Exemplo: João gosta de resolver rápido. Quando o pátio está cheio, ele é o primeiro a agir — ótimo para liderar a execução, mas precisa de alguém que o ajude a lidar com detalhes.


2. Influente (I): o comunicador

É aquele que se conecta facilmente com os outros.
Na oficina, costuma se destacar no atendimento, consultoria técnica e vendas.
Sabe falar com o cliente e transmitir confiança.

Pontos fortes: empatia, entusiasmo e poder de persuasão.
Pontos de atenção: falta de foco e descuido com detalhes.

Exemplo: Ana é consultora técnica. Ela sempre recebe elogios dos clientes e é excelente para oferecer serviços adicionais sem parecer insistente. Resultado: aumento no ticket médio.


3. Estável (S): o cooperador

Valoriza o trabalho em equipe e ambientes tranquilos.
Na oficina, é aquele mecânico constante, confiável e leal.
Prefere rotina e segurança.

Pontos fortes: paciência, consistência e lealdade.
Pontos de atenção: resistência a mudanças e dificuldade com pressão.

Exemplo: Carlos é discreto, mas indispensável. Quando trabalha com um colega mais comunicativo (perfil I), a dupla entrega equilíbrio e ótimo relacionamento com os clientes.


4. Analítico (C): o detalhista

Preza pela precisão, normas e qualidade técnica.
Na oficina, é o mecânico de diagnóstico, o controlador de qualidade ou o responsável por orçamento e peças.

Pontos fortes: atenção aos detalhes e alto padrão técnico.
Pontos de atenção: pode demorar a tomar decisões ou ser perfeccionista demais.

Exemplo: Robson confere cada detalhe antes de liberar o carro. Ele garante qualidade e evita retrabalho, o que aumenta a confiança do cliente.


Como usar os perfis para formar pares de sucesso

Montar duplas com perfis complementares é uma estratégia poderosa.
Veja combinações que funcionam muito bem dentro da oficina:

  • Dominante (D) + Analítico (C) → rapidez + precisão. Ideal para diagnósticos e serviços complexos.

  • Influente (I) + Estável (S) → empatia + confiança. Perfeito para o atendimento e pós-venda.

  • Dominante (D) + Estável (S) → liderança + estabilidade. Garante ritmo sem desorganizar o pátio.

O segredo é não juntar perfis muito parecidos — como dois Dominantes (que podem competir) ou dois Analíticos (que podem travar as decisões).


Como isso aumenta o ticket médio

Quando cada colaborador atua de acordo com seu perfil, o atendimento ao cliente melhora naturalmente.
O perfil influente vende mais porque sabe conversar e mostrar valor.
O analítico aumenta a confiança do cliente pela qualidade técnica.
E o dominante, quando bem direcionado, conduz a equipe para cumprir metas.


Benefícios diretos de aplicar o perfil comportamental na oficina

  • Redução de conflitos entre funcionários

  • Melhoria na produtividade e no clima interno

  • Atendimento mais humano e eficiente

  • Equipe mais engajada e motivada

  • Aumento no ticket médio e na rentabilidade


Conclusão: comportamento é lucro

Mecânico se você entende de pessoas toma decisões mais estratégicas.
Sabe quem deve liderar, quem deve vender e quem deve executar.
Isso não é psicologia — é gestão inteligente.

Quando o comportamento é bem administrado, o resultado aparece no caixa.
Mais produtividade, menos conflitos e um ticket médio mais alto, sustentável e previsível.

Te espero no próximo artigo!

Imagem: Freepik

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